sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Seção Memória: Eram os Deuses Peladeiros?

Encontrei no Overmundo uma postagem de um sujeito que diz ter sido o inventor do "golzinho" no Rio de Janeiro. Tem gente que prefere falar que é Napoleão. Mas o fanfarrão afirma que já organizava eventos dessa modalidade esportiva na década de 1970 - embora só mostre fotos de 1982 para comprovar o seu feito. Seja como for, o cara promovia seus jogos nas areias de Copacabana - diferentemente de nós, que competimos nas quadras do Aterro do Flamengo. Portanto, precisamos registrar o nosso pioneirismo; algo me diz que os missionários ainda vão aprontar para cima da gente. Alguém aí se habilita a filmar ou tirar fotos das nossas partidas? Abraços!!!

Alternativas ao Master Kit (n. 2)

A trave Master Kit não quer acabar, a trave Master Kit vai acabar. O assunto é dramático, o que justifica essa introdução poetizada. O progresso físico dos nossos atletas e a opção por quatro jogadores em campo fizeram diminuir bastante a quantidade de gols - o momento mágico do esporte. Está vencendo a equipe que coloca um goleiro para tomar conta da baliza. Para piorar a situação, nossas traves Master Kit não aguentam mais o batente: a todo o momento temos que interromper o jogo para consertá-las. Fiz uma pesquisa na internet e encontrei opções razoáveis. A primeira trave tem 1, 00 x 0, 70 metros, custa 100 reais e pode ser comprada pelo Mercado Livre:

A segunda trave parece ser a melhor, devido às suas dimensões: 1,20m x 0,80m. É da Bonfim Sports, uma fábrica mineira. O problema é que não há opção de venda pelo site (o preço também não é divulgado). Portanto, terei de enviar um e-mail para a empresa e pedir a lista das lojas que trabalham com tal produto. A classificação da trave é "Mirim":

A última opção seria comprar tubos de PVC e construir nossa própria trave. Engana-se quem pensa que dessa forma o produto ficará muito mais barato (os tubos de conexão Tigre, por exemplo, são meio caros). Os pontos negativos são a fragilidade do material, que tende a envergar, e a ausência de redes. Em breve, farei um orçamento preciso dessa alternativa.
Precisamos de um trave de maior dimensão - e isso já é um fato esportivo. Se o estádio de Wembley foi demolido, por que não aposentar as traves Master Kit? Poderemos utilizá-las em ocasiões festivas, como partidas de exibição, aniversário de fundação etc. O progresso pede passagem; sejamos grandes, como o momento exige. Com brasileiro, não há quem possa!!!

"Eu Só Quero Jogar...".


Essa lamentosa frase foi proferida por Kevin Lynch, o irlandês aloprado (ao lado, na foto), ao ser substituído por um anônimo que "fazia a de fora", como se diz no vocabulário dos boleiros. Paoli, o panturrilha de vidro, também reclamou ter sido forçado a descansar por 10 minutos, enquanto não integrantes da Pelada Master Kit se refastelavam diante de nossas traves sagradas (aliás, cada vez mais carcomidas). Portanto, enfrentamos um impasse ético: por um lado, barrar os desconhecidos proporciona mais conforto para os membros desta entidade esportiva; por outro, viola um acordo tácito entre os peladeiros do Aterro, que é o de não vetar a participação de um desconhecido que pede para jogar - quem aqui nunca apareceu para "fazer a de fora", sem conhecer o dono da bola? Outra questão deve ser levantada: a Pelada Master Kit ocupa um espaço público. Em resumo, não tenho opinião formada sobre o assunto e gostaria de saber a posição do Conselho Deliberativo. Abraços a todos!